Um salve para os nossos ávidos
amigos leitores do blog Amálgama!
Retorno ao meu posto oficial de reviewer do site depois de um longo e
tenebroso inverno (tá, sem muitos exageros).
O que é?
O gibi é uma série do gênero Weird West que foi lançada em maio de
2010 e continua até hoje (o número 40 sai dia 7 de maio lá na gringa). O roteirista
é o excelente Cullen Bunn (Deadpool Kills the Marvel Universe), que
fez história na própria Oni Press com o também muito bom “The Damned” (uma série de
horror com 5 números lançada entre 2006 e 2007, talvez com um review próximo
aqui). O escritor repetiu a dupla de sucesso da série anterior em “The
Sixth Gun”, levando o desenhista Brian Hurtt consigo pra garantir a qualidade.
O desenhista tem uma qualidade de cinema na ponta do lápis, trazendo ao gibi
veracidade de traços e clareza da história. O time se fecha com o colorista
Bill Crabtree (Invincible - nomeado
ao Harvey Awards, Fantastic Four, Lobo
Unbound) e com o também desenhista Tyler Crook (Petrograd, Bad Blood).
O que temos aqui?
A história do quadrinho toma
lugar no velho oeste norte-americano, logo após o fim da Guerra Civil. O cerne
da narrativa é a existência de seis pistolas mágicas, cada uma com um tipo
diferente de poder sombrio. O cara que empunha a pistola se torna digno de usar
seus truques únicos, e seus destinos ficam entrelaçados até o possessor da arma
morrer. Cada arma tem um número, e a história começa com o protagonista (Drake
Sinclair - s2) tomando posse da arma-título do quadrinho: A Sexta Arma. Drake é
um exímio pistoleiro e, como sempre acontece nesses casos, possui um “passado sombrio”. Ao longo dos
arcos a gente descobre porquê. A segunda protagonista, Becky Montcrief (s2 s2),
por acaso toma posse de uma das seis armas e se junta a Drake pra caçar as
outras quatro armas e sobreviver aos constantes ataques de seus numerosos
antagonistas: um general zumbi, os Cavaleiros de Salomão (uma sociedade secreta
que, acredita-se, exista de verdade), a Espada de Abraão (idem ao item
anterior), um exército de criaturas da noite, lobisomens, etc...
Drake Sinclair
Becky Montcrief
Por que é legal?
O enredo é simplesmente
contagiante. Você acaba se sentindo parte importante da história. E,
convenhamos, é isso que a gente quer num quadrinho né?
A experiência que a dupla de
ataque responsável por trazer à vida as peripécias de Drake e Becky (Cullen e
Brian) tem junta é notória. A sinergia é tão grande que em um dos episódios de
um dos arcos, há uma revista inteira apenas com desenhos e sem diálogos. São aproximadamente
30 páginas de pura tensão. O caráter cômico sempre presente também é um dos
pontos altos, pois é muito bem escrito numa história basicamente sobrenatural. A
qualidade dos traços é inebriante, com cores vibrantes que nos entregam a exata
porção necessária de luz e sombra sempre que o enredo pede. Fãs de RPG
facilmente perceberão um conteúdo excelente pra bolar novas campanhas.
The Sixth Gun é aquele tipo de quadrinho que a gente tem que ler
antes de morrer. E digo com toda a propriedade mesmo sem a série ter acabado. Entre
os anos de 2011 e 2012, foram cinco indicações aos prêmios Harvey e Eisner. A qualidade
é garantida em todos os sete arcos lançados até agora.
Ah! Os caras montaram um série spin-off que chama The Sixth Gun: Sons of the Gun, que conta a história dos 5
primeiros possuidores das armas mágicas.
Pra quem se interessar, o número
um da série tá disponível “de grátis” na web nesse link:
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